quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A lenda das três árvores

Havia no alto de uma montanha três árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes. A primeira, olhando as estrelas disse:
"Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros."

A segunda, olhando o riacho suspirou: "Eu quero ser um navio grande para transportar reis e rainhas."

A terceira olhou para o vale e disse:
"Quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem os olhos e pensem em Deus."

Muitos anos se passaram e, certo dia, três lenhadores cortaram as árvores. Todas três ansiosas em serem transformadas naquilo que sonhavam. Mas, os lenhadores não costumavam ouvir ou entender de sonhos... Que pena!

A primeira árvore acabou sendo transformada em um cocho de animais, coberto de feno. A segunda, virou um simples barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.

A terceira, foi cortada em grossas vigas e colocada num depósito. Então, todas perguntaram desiludidas e tristes:
- Por que isto?
Mas, numa bela noite, cheia de luz e estrelas, uma jovem mulher colocou seu bebê recém-nascido naquele cocho de animais. E de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo.
A segunda árvore acabou transportando um homem que terminou dormindo no barco, mas quando a tempestade quase afundou o barco, o homem levantou-se e disse "PAZ !".
E num relance, a segunda árvore entendeu que estava transportando o rei do céu e da terra!
Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Logo, sentiu-se horrível e cruel. Mas, no domingo seguinte, o mundo vibrou de alegria. E a terceira árvore percebeu que nela havia sido pregado um homem para salvação da humanidade e que as pessoas sempre se lembrariam de DEUS e de seu FILHO ao olharem para ela.
As árvores haviam tido sonhos e desejos... mas sua realização foi mil vezes maior do que haviam imaginado.

As bananas e o monge


Um amigo do viajante resolveu passar algumas semanas num mosteiro do Nepal.

Certa tarde, entrou num dos muitos templos do mosteiro, e encontrou um monge sorrindo, sentado no altar.

- Porque o Senhor sorri ? - perguntou ao monge.
- Porque entendi o significado das bananas - disse o monge, abrindo a bolsa que carregava, e tirando uma banana podre de dentro.
- Esta é a vida que passou e não foi aproveitada no momento certo...
Agora é tarde demais.

Em seguida, tirou da bolsa uma banana ainda verde. Mostrou-a, tornou a guardá-la e disse:

- Esta é a vida que ainda não aconteceu, é preciso esperar o momento certo.

Finalmente, tirou um banana madura, descascou-a e, dividiu-a com meu amigo dizendo:
- Este é o momento PRESENTE.
- Saiba vivê-lo SEM MEDO.

Um presente inesquecível

Linda tinha 7 anos quando ouviu sua mãe comentar com uma de suas amigas que, no dia seguinte, faria 30 anos. Jamais Linda soubera que sua mãe fazia aniversário. Também nunca a vira ganhar um presente. Por isso, foi até seu cofrinho, juntou todas as moedas e se dirigiu à loja da esquina. Procurou um presente que pudesse se encaixar naquele preço. Havia bibelôs, mas ela pensou que sua mãe teria que espaná-los todos os dias. Havia caixinhas de doces, mas sua mãe era diabética. Finalmente, conseguiu comprar um pacote de grampos de cabelo. Os cabelos de sua mãe eram longos e escuros. Ela os enrolava duas vezes na semana e, quando os soltava, ficava parecendo uma artista de cinema. Em casa, linda embrulhou os grampos em uma página de histórias em quadrinhos do jornal, porque não sobrou dinheiro para papel de presente. Na manhã seguinte, à mesa do café, entregou o pacote à sua mãe e disse: "feliz aniversário, mamãe!" Em silêncio, entre lágrimas, a mãe abriu o pacote. Já soluçando de emoção, mostrou ao marido, aos outros filhos: "sabe que é o primeiro presente de aniversário que recebo na vida?" Beijou a filha no rosto, agradecendo e foi para o banheiro lavar e enrolar os cabelos, usando os grampos novos. Quando a mãe saiu da sala, o pai aproximou-se de Linda e confidenciou: "Linda, quando eu era menino, lá no sertão, não nos preocupávamos em dar presentes de aniversário para adultos. Só para as crianças. E, na família de sua mãe, eles eram tão pobres que nem isso faziam. Mas você me fez ver, hoje, que isso precisa mudar. Você inaugurou uma nova fase em nossa vida." Depois desse dia, a mãe de Linda ganhou presentes em todos os seus aniversários. Os filhos cresceram. As condições da família melhoraram. Então, quando a mãe de Linda completou 50 anos, os filhos todos se reuniram e lhe compraram um anel com uma pérola rodeada de brilhantes. Programaram uma festa e o filho mais velho foi quem, em nome dos irmãos, entregou o anel. Ela admirou o presente e mostrou a todos os convidados. "Não tenho filhos maravilhosos?" Ficava repetindo de um em um. Depois que todos os convidados se retiraram, Linda foi ajudar na arrumação. Estava lavando a louça na cozinha, quando ouviu seus pais conversando na sala. "Bem", dizia o pai. "que lindo anel seus filhos lhe deram. Acho que foi o melhor presente de aniversário de sua vida." Depois de um breve silêncio, Linda ouviu a voz de sua mãe responder docemente: "sabe, Ted, é claro que este anel é maravilhoso. Mas o melhor presente que ganhei, em toda minha vida, foi aquela caixa de grampos. Aquele presente foi inesquecível.



Autor desconhecido

O valor de cada um

Conta-se que um carregador de água, na Índia, conduzia dois potes grandes, cada um pendurado numa das pontas de uma vara que levava sobre os ombros.
Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de líquido no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe.
O pote rachado chegava apenas pela metade. Foi assim por dois anos, diariamente. O carregador entregava um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações.
O mesmo não acontecia com o pote rachado, que estava envergonhado de sua imperfeição e sentindo-se imprestável por não ser capaz de realizar sua tarefa por inteiro.
Após perceber que, por dois anos, havia cumprido pela metade a sua missão, um dia o pote rachado falou para o homem à beira do poço:
- Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas.
- Por quê? Perguntou o homem. De que você está envergonhado?
- Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor.
"Por causa do meu defeito, você tem que fazer esse trabalho e não ganha o salário completo dos seus esforços," disse o pote.
O homem ficou triste pela situação do velho pote e, com compaixão, falou:
- Quando estivermos voltando para a casa de meu senhor, quero que observe as flores ao longo do caminho.
De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens à beira do caminho e isto lhe deu certo ânimo.
Mas, ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha e o homem lhe falou com doçura:
- Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado?

- É que eu, ao perceber o seu defeito, tirei vantagem dele e lancei sementes de flores no lado em que você estava e, cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava.
- Por dois anos eu pude colher flores para enfeitar a mesa de meu senhor. E se você não deixasse vazar a água, ele não poderia ter as flores para perfumar sua casa."
Cada um de nós tem seus próprios e únicos defeitos, mas isto não deve nos impedir de dar utilidade à nossa vida.
Se é verdade que temos nossas fragilidades, também é que temos algum valor.
O importante é que busquemos conhecer, igualmente, nossas imperfeições e nossos valores. Aos valores já adquiridos devemos dar o devido reforço, e aos defeitos a devida atenção para transformá-los em virtudes, como o caso do pote rachado.
Agindo assim, não nos deteremos à beira do caminho a lamentar das nossas limitações, mas agiremos rápido para superá-las e seguir adiante.
Pense nisso!
Se você está triste ou sentindo-se infeliz ou inútil, lembre-se que o Criador confia em seu potencial, senão ele não teria criado você.
E lembre-se, ainda, que a cada manhã ele lhe renova a oportunidade de crescimento, apostando na sua coragem e na sua disposição de auto superar-se, pois ele sabe que cada um de seus filhos tem seu próprio e único valor.
Pense nisso!

Além do dever


Um homem foi chamado à praia para pintar um barco.
Trouxe com ele tinta e pincéis, e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer.
Enquanto pintava, percebeu que a tinta estava passando pelo fundo do barco.
Percebeu que havia um vazamento, e decidiu consertá-lo.
Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.
No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou-o com um belo cheque.
O pintor ficou surpreso:

- O senhor já me pagou pela pintura do barco - disse ele.

- Mas isto não é pelo trabalho de pintura. É por ter consertado o vazamento do barco.
- Foi um serviço tão pequeno que não quis cobrar. Certamente, não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!

- Meu caro amigo, você não compreendeu. Deixe-me contar-lhe o que aconteceu:

Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento. Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria. Eu estava fora de casa naquele momento. Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois me lembrei que o barco tinha um furo. Imagine meu alívio e alegria quando os vi retornando sãos e salvos. Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado! Percebe, agora, o que fez? Salvou a vida de meus filhos! Jamais terei dinheiro suficiente para pagar-lhe pela sua "pequena" boa ação.

Autor desconhecido

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Eu tenho tempo!


Hoje, ao atender o telefone, meu mundo desabou.
Entre soluços e lamentos, a voz do outro lado da linha me informava que o meu melhor amigo, meu companheiro de jornada, havia sofrido um grave acidente, vindo a falecer.
As imagens de minha juventude vieram quase que instantaneamente à mente.
A faculdade, as bebedeiras, as conversas em volta da lareira até altas horas da noite, os amores não correspondidos, as colas, a cumplicidade, os sorrisos....
AHHHHH... os sorrisos....
Como eram fáceis de surgir naquela época.
Lembrei da formatura, das lágrimas e despedidas, e principalmente, das promessas de novos encontros. Em seus olhos a promessa de que eu nunca seria esquecido.
E realmente, nunca fui.
Perdi a conta das vezes em que ele carinhosamente me ligava quando eu estava no fundo do poço,. das mensagens que nunca respondi.
Lembro que foi o seu rosto que vi quando acordei de minha cirurgia do apêndice.
Lembro que foi em seu ombro que chorei a perda de meu amado pai.
Foi em seu ouvido que derramei as lamentações do noivado desfeito.
Apesar do esforço não consegui me lembrar de uma só vez em que tenha pego o telefone para dizer a ele o quanto era importante para mim.
Afinal, eu não tinha tempo.
Não lembro de procurar um texto edificante e enviar para ele.
Eu não tinha tempo.
Não lembro de ter ouvido os seus problemas.
Eu não tinha tempo.
Acho que eu nunca sequer imaginei que ele tinha problemas.
Não me dignei a reparar que constantemente meu amigo passava da conta na bebida.
Só agora vejo com clareza o meu egoísmo.
Talvez, e este talvez vai me acompanhar eternamente, se eu tivesse saído de meu pedestal e prestado um pouco de atenção e despendido um pouquinho do meu sagrado tempo, meu grande amigo não teria bebido até não aguentar mais e não teria jogado sua vida fora ao perder o controle de um carro.
Estas indagações que inundam agora o meu ser nunca mais terão resposta.
A minha falta de tempo me impediu de respondê-las.
Agora, escolho uma roupa preta, digna do meu estado de espírito, e pego o telefone.
Aviso ao meu chefe de que não irei trabalhar hoje, e quem sabe nem amanhã.
Pois irei tirar o dia para homenagear uma das pessoas que mais amei nesta vida.
Ao desligar o telefone, com surpresa eu vejo, entre lágrimas e remorsos, que para acompanhar durante um dia inteiro o seu corpo sem vida,

EU TENHO TEMPO!
PS: Já faz muitos anos que escrevi este desabafo no diário de minha vida.
Hoje estou casado, tenho dois filhos e todo o tempo do mundo.
Trabalho com o mesmo afinco de sempre, mas somente sou "o profissional" durante o expediente normal.
Fora dele, sou um ser humano.
Nunca mais uma mensagem da minha secretária eletrônica ficou sem pelo menos um "oi" de retorno.
Procuro constantemente encher a caixa eletrônica dos meus amigos com mensagens de amizade e dias melhores.
Sempre lembrando as pessoas de como elas são importantes para mim.
Abraço constantemente meus filhos, minha esposa, e minha família, pois os laços que nos unem são eternos.
Acompanhei cada dentinho que nasceu na boquinha de meus filhos, o primeiro passo, o primeiro sorriso, a primeira palavra.
Procuro sempre "fugir" com minha esposa e voltar aos tempos em que éramos namorados e prometíamos desbravar o mundo.
Esses momentos costumam desaparecer com o tempo.
Distribuo sorrisos e abraços a todos que me rodeiam.
Afinal, para que guardá-los.
Pelo menos uma vez por mês, levo minha família à praia.
Sempre que volto para casa, após este nosso encontro, volto recarregado de energia e de amor.
Mas, principalmente, carrego a certeza de que sempre terei tempo para o amor e suas formas mais variadas.
E, sabe de uma coisa, meu amigo eterno.
Eu sou muito, muito, muito mais feliz!

A Transfusão

Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários foi atingido por um bombardeio.

Os missionários e duas crianças tiveram morte imediata e as restantes ficaram gravemente feridas.
Entre elas, uma menina de oito anos, considerada em pior estado.
Era necessário chamar ajuda por um rádio e, ao fim de algum tempo, um médico e uma enfermeira da Marinha dos EUA chegaram ao local.
Teriam que agir rapidamente, senão a menina morreria, devido aos traumatismos e à perda de sangue.
Era urgente fazer uma transfusão, mas como
Reuniram as crianças e, entre gesticulações, arranhadas no idioma, tentavam explicar o que estava acontecendo e que precisariam de um voluntário para doar o sangue.
Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se timidamente.
Era um menino chamado Heng.
Ele foi preparado às pressas, ao lado da menina agonizante, e espetaram-lhe uma agulha na veia.
Ele se mantinha quietinho e com o olhar fixo no teto.
Passado algum momento, ele deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a mão que estava livre.
O médico lhe perguntou se estava doendo, e ele negou. Mas não demorou muito a soluçar de novo, contendo as lágrimas. O médico ficou preocupado e voltou a lhe perguntar, e novamente ele negou.
Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso, mas ininterrupto.
Era evidente que alguma coisa estava errada.
Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia. O médico pediu então que ela procurasse saber o que estava acontecendo com Heng.
Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele e explicando algumas coisas. E o rostinho do menino foi se aliviando. Minutos depois ele estava novamente tranqüilo.
A enfermeira então explicou aos americanos:
- Ele pensou que ia morrer, não tinha entendido o que vocês disseram e estava achando que ia dar todo o seu sangue para a menina não morrer.
O médico aproximou-se dele e, com a ajuda da enfermeira, perguntou:
- Mas, se era assim, porque então que você se ofereceu a doar seu sangue
E o menino respondeu, simplesmente:
- ELA É MINHA AMIGA...

Beije-me


Beije-me com a ternura de um anjo;
Com o toque de lábios macios, que transmitem os seus sentimentos;
Beije-me sem medo, sem preconceitos;
Aceite-me inteiramente, sem restrições;
Aceite-me assim como eu sou...
Beije-me... Ao som de uma música suave que nos conduza a um mundo de sonhos e fantasias, que nos leve à realidade de estarmos sempre juntos e felizes;
Beije-me com a simplicidade de um gesto especial que traduza a sua alma;
Beije-me com os beijos de sua boca, que me digam simplesmente: Eu te amo!


Autora: Valéria Lopes

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Autor: Vinícius de Moraes


Pequenos Gestos


É curioso observar como a vida nos oferece resposta aos mais variados questionamentos do cotidiano... Vejamos: A mais longa caminhada só é possível passo a passo... O mais belo livro do mundo foi escrito letra por letra... Os milênios se sucedem, segundo a segundo... As mais violentas cachoeiras se formam de pequenas fontes... A imponência do pinheiro e a beleza do ipê começaram ambas na simplicidade das sementes... Não fosse a gota e não haveria chuvas... O mais singelo ninho se fez de pequenos gravetos e a mais bela construção não se teria efetuado senão a partir do primeiro tijolo... As imensas dunas se compõem de minúsculos grãos de areia... Como já refere o adágio popular, nos menores frascos se guardam as melhores fragrâncias... É quase incrível imaginar que apenas sete notas musicais tenham dado vida à Ave Maria, de Bach, e à Aleluia, de Hendel... O brilhantismo de Einstein e a ternura de Tereza de Calcutá tiveram que estagiar no período fetal e nem mesmo Jesus, expressão maior de amor, dispensou a fragilidade do berço... ... Assim também o mundo de paz, de harmonia e de amor com que tanto sonhamos só será construído a partir de pequenos gestos de compreensão, solidariedade, respeito, ternura, fraternidade, benevolência, indulgência e perdão, dia a dia... Ninguém pode mudar o mundo, mas podemos mudar uma pequena parcela dele: esta parcela que chamamos de Eu. Não é fácil nem rápido... Mas vale a pena tentar! Sorria!!!



Autor: Fábio Azamor


Amor é fogo que arde sem se ver


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Autor: Luiz Vaz de Camões

O amor


O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pra saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Autor: Fernando Pessoa

Adversidade


Um filho se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ele. Ele já não sabia mais o que fazer e queria desistir.

Estava cansado de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia. Seu pai, um "chef", levou-o até a cozinha. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Logo as panelas começaram a ferver.

Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última pó de café. Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra. O filho deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.

Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e as colocou em uma tigela. Retirou os ovos e os colocou em uma tigela. Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma tigela.

Virando-se para ele, perguntou "Querido, o que você está vendo?" "Cenouras, ovos e café," ele respondeu. Ele o trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.

Ele obedeceu e notou que as cenouras estavam macias. Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse. Ele obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura.

Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. Ele sorriu ao provar seu aroma delicioso. Ele perguntou humildemente: "O que isto significa, pai?" Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, água fervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente.

A cenoura entrara forte, firme e inflexível. Mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil. Os ovos eram frágeis. Sua casca fina havia protegido o líquido interior. Mas depois de terem sido colocados na água fervendo, seu interior se tornou mais rijo.

O pó de café, contudo, era incomparável. Depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água. "Qual deles é você?" ele perguntou a seu filho. "Quando a adversidade bate a sua porta, como você responde? Você é uma cenoura, um ovo ou um pó de café?" E você? Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade ? Você murcha e se torna frágil e perde sua força?

Será que você é como o ovo, que começa com um coração maleável? Você teria um espírito maleável, mas depois de alguma morte, uma falência, um divórcio ou uma demissão, você se tornou mais difícil e duro? Sua casca parece a mesma, mas você está mais amargo e obstinado, com o coração e o espírito inflexíveis?

Ou será que você é como o pó de café? Ele muda a água fervente, a coisa que está trazendo a dor, para conseguir o máximo de seu sabor, a 100 graus centígrados. Quanto mais quente estiver a água, mais gostoso se torna o café.

Se você é como o pó de café, quando as coisas se tornam piores, você se torna melhor e faz com que as coisas em torno de você também se tornem melhores. Como você lida com a adversidade? Você é u
ma cenoura, um ovo ou o café?

Aprenda em confiar em quem merece.

Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume.
Este fugia rápido, com medo da feroz predadora e a serpente nem pensava em desistir.

Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada...
No terceiro dia, já sem forcas, o vaga-lume parou e disse a cobra:
- Posso lhe fazer três perguntas?
- Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar...

- Pertenço a sua cadeia alimentar ?
- Não.
- Eu te fiz algum mal?
- Não.
- Então, por que você quer acabar comigo?
- Porque não suporto ver você brilhar...

"PENSE NISSO E SELECIONE AS PESSOAS EM QUEM CONFIAR"

A última crônica

"A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso."


Autor: Fernando Sabino
Crônica publicada no livro "A Companheira de viagem" (Editora Record, 1965)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A Corda e a Fé


Esta é a história de um alpinista
que sempre buscava superar mais e mais desafios.

Ele resolveu, depois de muitos anos de preparação,
escalar o Aconcágua.

Ele queria a glória somente para si e resolveu então
escalar sozinho sem nenhum companheiro,
o que não seria natural
no caso de uma escalada dessa dificuldade.

Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde.

Porém ele não havia se preparado para acampar
e resolveu seguir a escalada, decidido a atingir o topo.

Escureceu,
e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha,
e não era possível mais enxergar um palmo à frente do nariz,
não se via absolutamente nada.

Tudo era escuridão, zero de visibilidade,
não havia Lua e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens.

Subindo por uma parede,
a apenas 100 metros do topo, ele escorregou e caiu...

Caía a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as
manchas que passavam cada vez mais rápidas na escuridão.

Sentia apenas uma terrível sensação
de estar sendo sugado pela força da gravidade.

Ele continuava caindo e, nesses angustiantes momentos,
passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes
que ele já havia vivido em sua vida.

De repente ele sentiu um puxão forte
que quase o partiu pela metade ... shack!

Como todo alpinista experimentado,
havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura.

Nesses momentos de silêncio,
suspenso pelos ares na completa escuridão,
não sobrou para ele nada além do que gritar:

- Oh, meu Deus! Me ajude!

De repente uma voz grave e profunda respondeu:

- O que você quer de Mim, meu filho ?

- Me salve, meu Deus, por favor!

- Você realmente acredita que Eu possa te salvar ?

- Eu tenho certeza, meu Deus.

- Então corte a corda que mantém você pendurado...

Houve um momento de silêncio e reflexão.

O alpinista se agarrou mais ainda a corda
e pensou que se largasse a corda morreria...

Conta o pessoal de resgate que no dia seguinte encontraram um alpinista congelado,
morto, agarrado com as duas mãos a uma corda ...
a não mais de dois metros do chão.

E você... ???

Está segurando a corda... ???

Barulho de carroça

Certa manhã, meu pai convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou: - Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa ? Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi: - Estou ouvindo um barulho de carroça. - Isso mesmo, disse meu pai. É uma carroça vazia ... Perguntei ao meu pai: - Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos ? - Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia, é por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz. Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, inoportuna e interrompendo a conversa de todo mundo, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo... Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho.

Autor: Wallace Leal V. Rodrigues

domingo, 20 de setembro de 2009

Marcas de batom no espelho...


Numa escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada: uma turma de meninas de 12 anos, que usava batom, todos os dias removia o excesso beijando o espelho do banheiro.
O diretor andava bastante aborrecido porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom.
Chegou a chamar a atenção delas por quase 2 meses, e nada mudou, todos os dias acontecia a mesma coisa....
Um dia o diretor juntou o bando de meninas e o zelador no banheiro, explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam.
Depois de uma hora falando,e elas com cara de deboche, o diretor pediu ao zelador "para demonstrar a dificuldade do trabalho".
O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho.
Nunca mais apareceram marcas no espelho!
"Há professores e há educadores" !!!!

Lei do Caminhão de Lixo


Um dia peguei um taxi e fomos direto para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa quando de repente um carro preto saiu do estacionamento na nossa frente.
O motorista do taxi pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz!
O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós.
O motorista do táxi apenas sorriu e acenou para o cara.
E eu quero dizer que ele o fez bastante amigavelmente.
Assim eu perguntei: "Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!"
Foi quando o motorista do táxi me ensinou o que eu agora chamo "A Lei do Caminhão de Lixo".
Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, e de desapontamento. A medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente.
Apenas sorria, acene, deseje-lhes bem, e vá em frente. Não pegue o lixo delas e espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas.
O princípio disso é que pessoas bem sucedidas não deixam os seus caminhões de lixo estragarem o seu dia. A vida é muito curta para levantar cedo de manhã com remorso, assim... Ame as pessoas que te tratam bem. Ore pelas que não o fazem.
A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!
Tenha um bom dia, livre de lixo!

Autor desconhecido


Asas para voar


Uma águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho.

Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões.

Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair?, pensou ela.

O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso.

Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes.

E, se justamente agora, isto não funcionar?, ela pensou.

Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento.

Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final: o empurrão.

A águia encheu-se de coragem.

Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida.

Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia.

O empurrão era o melhor presente que ela podia oferecer-lhes.

Era seu supremo ato de amor.

Então, um a um, ela os precipitou para o abismo.

E eles voaram!

Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia.

São elas que nos empurram para o abismo.

E quem sabe não são elas, as própria circunstâncias, que nos fazem descobrir
que temos asas para voar.

O amigo

"Meu amigo não voltou do campo de batalha, senhor. Solicito permissão para ir buscá-lo" disse um soldado ao seu tenente. "Permissão negada" replicou o oficial, " Não quero que arrisque a sua vida por um homem que provavelmente está morto".
O soldado, ignorando a proibição, saiu e uma hora mais tarde regressou, mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo. O oficial estava furioso: "Já tinha te dito que ele estava morto! Agora eu perdi dois homens! Diga-me: Valeu à pena ir lá para trazer um cadáver?" E o soldado moribundo, respondeu: "Claro que sim, senhor! Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e pôde me dizer:". "Tinha certeza de que você viria".

sábado, 19 de setembro de 2009

Ousamos semear flores


Em nome do vento, ousamos semear flores...

Ousamos semear flores abolindo os canhões, revertendo a morte em vida!

Ousamos semear flores pelos quatro cantos do mundo.

Ousamos semear flores, em cores, espalhando canções

Nas poses caladas, surradas, cansadas.

Ousamos semear flores pelos quatro cantos do mundo.

Para que estas flores cresçam e se espalhem,

E proíbam todo portão de se fechar; e calem os fuzis da morte;

E invadam os gabinetes do poder; e encham as bocas de sim.

Ousamos semear flores pelos quatro cantos do mundo.

Ousamos semear flores, contra toda desesperança,

Pelas mãos solidárias, daquela criança...

Ousamos semear flores pelos quatro cantos do mundo.

Ousamos semear flores, nas portas das casas, escolas e presídios,

Nos caminhos da esperança desta terra grande, nos sonhos de abundância!

Ousamos semear flores pelos quatro cantos do mundo

E nas pétalas viçosas desta flores persistentes

O oprimido, o excluído, será livre, será gente!

Ousamos semear flores pelos quatro cantos do mundo.

Em nome do amor, cultivamos flores.

E em nome da vida, ousaremos colhê-las.

Para enfeitar a farta mesa, da festa da partilha e da paz

Jabuticabas


Um senhor de idade avançada estava cuidando da planta com todo o carinho, quando um jovem aproximou-se dele e perguntou:
- Que planta é esta que o senhor está cuidando?
- É uma jabuticabeira - respondeu o senhor.
- E ela demora quanto tempo para dar frutos?
- Pelo menos uns quinze anos - informou o senhor.
- E o senhor espera viver tanto tempo assim? Indagou irônico o rapaz.
- Não, não creio que viva mais tanto tempo, pois já estou no fim da minha jornada - disse o ancião.
- Então, que vantagem você leva com isso, meu velho?
- Nenhuma, exceto a vantagem de saber que ninguém colheria jabuticabas, se todos pensassem como você...

A carpa


A carpa japonesa tem a capacidade natural de crescer de acordo com o tamanho do seu ambiente. Assim, num pequeno tanque, ela geralmente não passa de cinco ou sete centímetros -- mas pode atingir três vezes esse tamanho, se colocada num lago.
Da mesma maneira, as pessoas têm a tendência de crescer de acordo com o ambiente que as cerca. Só que, neste caso, não estamos falando de características físicas, mas de desenvolvimento emocional, espiritual e intelectual.
Enquanto a carpa é obrigada, para seu próprio bem, a aceitar os limites do seu mundo, nós estamos livres para estabelecer as fronteiras de nossos sonhos.
Se somos um peixe maior do que o tanque em que fomos criados, em vez de nos adaptarmos a ele, devemos buscar o oceano -- mesmo que a adaptação inicial seja desconfortável e dolorosa.
Pense nisto. Existe um oceano esperando por você.

O sentido dos gansos


No outono, quando se vê bandos de gansos voando rumo ao norte, formando um grande "V" no céu, muito ficam se perguntando porque voam desta forma. Sabe-se que quando uma ave bate as asas, move o ar para cima, ajudando a sustentar a ave logo atrás. Ao voar em forma de "V", o bando se beneficia de pelo menos 71% a mais de força de vôo do que uma ave voando sozinha. Sempre que um ganso sai do bando, sente subitamente a resistência e o esforço necessários para continuar voando sozinho. Rapidamente, ele entra outra vez em formação para aproveitar o deslocamento de ar provocado pela ave que voa imediatamente à sua frente. Quando o ganso líder se cansa, ele muda de posição dentro da formação e outro ganso assume a liderança. Os gansos de trás cantam encorajando os da frente para que mantenham a velocidade. Finalmente, quando um ganso fica doente ou é ferido por um tiro e cai, dois gansos saem da formação, protegem-no, acompanham-no até que morra ou se recupere e consiga voar novamente. Só então, levantam vôo novamente a fim de alcançarem o seu bando.
autor desconhecido

Sábios porcos - espinhos


Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo esta situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso, tornavam a se afastar uns dos outros.

Voltaram a morrer congelados e precisavam fazer uma escolha: desapareciam da face da Terra ou aceitavam os espinhos do semelhante. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.

Sobreviveram!
Moral da história:
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aceita os defeitos do outro e consegue pedir perdão pelos próprios defeitos.


autor desconhecido

Eu posso fazer mais que isso



A mãe parou ao lado do leito de seu filhinho de 6 anos, que estava doente de leucemia. Embora o coração dela estivesse pesado de tristeza e angústia, ela era muito determinada. Como qualquer outra mãe, ela gostaria que ele crescesse e realizasse seus sonhos.
Agora, isso não seria mais possível, por causa de uma leucemia terminal. Junto dele tomou-lhe a mão e perguntou:
- Filho, você alguma vez já pensou o que gostaria de ser quando crescesse?
- Mamãe, eu sempre quis ser um bombeiro!
A mãe sorriu e disse:
- Vamos ver o que podemos fazer.
Mais tarde, naquele mesmo dia, ela foi ao Corpo de Bombeiros local e contou ao Chefe dos bombeiros a situação de seu filho e perguntou se seria possível o garoto dar uma volta no carro dos bombeiros, em torno do quarteirão.
O Chefe dos bombeiros, comovido, disse:
- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO! Se você estiver com o seu filho pronto às sete horas da manhã, daqui a uma semana, nós o faremos um bombeiro honorário, por todo o dia. Ele poderá ir para o quartel, comer conosco e sair para atender às chamada incêndio. E se você nos der as medidas dele, nós conseguiremos um uniforme completo: chapéu com o emblema de nosso batalhão, casaco amarelo igual ao que vestimos e botas também.
Uma semana depois, o bombeiro-chefe pegou o garoto, vestiu-o no uniforme de bombeiro e o escoltou do leito do hospital até o caminhão de bombeiros.
O menino ficou sentado na parte de trás do caminhão e foi até o quartel central. Parecia-lhe estar no céu... Ocorreram três chamados naquele dia na cidade e o garoto acompanhou todos os três. Em cada chamada, ele foi em veículos diferentes: no tanque, na van dos paramédicos e até no carro especial do chefe do bombeiros.
Todo o amor e atenção que foram dispensados ao menino acabaram comovendo-o tão profundamente, que ele viveu três meses a mais que o previsto.
Uma noite, todas as suas funções vitais começaram a cair dramaticamente e a mãe decidiu chamar ao hospital, toda a família.
Então, ela lembrou a emoção que o garoto tinha passado como um bombeiro, e pediu à enfermeira que ligasse para o chefe da corporação, e perguntou se seria possível enviar um bombeiro para o hospital, naquele momento trágico, para ficar com o menino.
O chefe dos bombeiros respondeu:
- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO! Nós estaremos aí em cinco minutos. Mas faça-me um favor. Quando você ouvir as sirenes e vir as luzes de nossos carros, avise no sistema de som que não se trata de um incêndio. É apenas o corpo de bombeiros vindo visitar mais uma vez, um de seus mais distintos integrantes. E também poderia abrir a janela do quarto dele? Obrigado! Cinco minutos depois, uma van e um caminhão com escada chegaram no hospital. Estenderam a escada até o andar onde garoto estava, e 16 bombeiros subiram. Com a permissão da mãe, eles o abraçaram, seguraram, e disseram que o amavam.
Com voz fraquinha, o menino olhou para o chefe e perguntou:
- Chefe , eu sou mesmo um bombeiro?
- Sim, você é um dos melhores - disse ele.
Com estas palavras, o menino sorriu e fechou seus olhos para sempre.
Por isto, quando você passar por algum problema ou situação que parece não ter solução, lembre-se: EU POSSO FAZER MAIS QUE ISSO!
Esta mensagem não deve ficar arquivada! Encaminhe para os seus amigos! Se é para arquivar, que seja no coração de cada um de NÓS! Ajude a melhorar o PLANETA!
"A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos"


Autor desconhecido

Correndo juntos


alguns anos, nas Olimpíadas Especiais de Seatle, no México, nova participantes, todos com deficiências mental ou física, alinharam-se para o início da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal todos partiram, não em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e vencer. Todos menos um garoto que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar. Os outros ao ouvirem o choro diminuíram o passo, olharam para traz, viraram e voltaram, todos eles, ao seu encontro. Uma das meninas, com síndrome de Down, ajoelhou-se, deu um beijo no menino e disse: "Pronto, Agora vai sarar". Em seguida todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de
che
gada.
O estádio inteiro levantou e os aplausos demoram alguns minutos.


Autor desconhecido