Numa sociedade machista como a nossa falar de problemas certamente não envolve atos, gestos, piadinhas ou até palavrões oriundos de homem quando esses ressaltam a sua masculinidade. Creio que este seja um problema bastante incômodo, ao menos para uma boa parte das mulheres que prezam a sua integridade e mesmo sendo ridículo, o fato é que muitos homens indecentes olham descaradamente para as bundas femininas.
Em seus pensamentos devem ter a idéia fixa de que todas as mulheres gostam de ser “comidas” com os olhos, tendo isso como normal “coisa de homem”. Gestos com as mãos insinuando pornografias, ou aquela coçadinha nas partes baixas quando ver uma mulher passando, piadinhas sobre o tamanho dos seios, das nádegas, ou o que eles poderiam fazer com seus respectivos órgãos reprodutivos. Isso demonstra claramente a falta de respeito para com as mulheres.
A observação desses fatos foi o tema de um trabalho do meu 1° semestre, fizemos um vídeo para captar as olhadas maliciosas que os homens para as bundas femininas e levamos uma modelo pra os principais shoppings de Salvador, o incrível é que conseguimos que todos os homens (sem exceção) olhassem para ela, até mesmo os que estavam acompanhados, com suas namoradas, com os filhos ou netos, ainda assim olhavam e suas acompanhantes quando percebiam o que havia acontecido muitas vezes viravam o rosto para fingirem que não tinham percebido.
“Mulheres Perfeitas”, um filme com direção de Frank Oz e roteiro de Ira Levin (livro), Paul Rudnick, conta a história de Joanna Eberhard (Nicole Kidman), uma publicitária de sucesso no mundo dos realities shows, e depois de ser demitida pela empresa onde trabalhava seu marido resolve levá-la para morar em um condomínio fechado, com acesso apenas para ricos, Stepford “o lugar perfeito”.
E o que desperta a curiosidade de Joanna é o fato de todas as mulheres do local obedecerem cegamente aos seus maridos, sem opinião, sem reclamar, simplesmente obedecem, e as duas únicas pessoas que pareciam normais por ali: Bobbie Markowitz (Bette Midler), uma escritora relaxada e Roger Bannister (Roger Bart), um homossexual famoso em busca de seu espaço, passam a se comportar como as mulheres de Stepford então Joanna começa uma busca pelo que há de errado naquele lugar. O filme é uma comédia, mas consegue fazer com que a gente visualize corretamente o que é uma mulher perfeita para um homem.
Detalhes do rosto, cabelo, roupa ou idade, tenho certeza que nenhum dos dois saberia dizer se fosse interpelado, é como se não fosse uma mulher com sentimentos, vontade, identidade, apenas uma fonte de deseja sexual a circular. Senti-me constrangida por ela.
Ao aproximar-me do local onde eu ficaria, solicitei a parada e aguardei em meu assento, quando o ônibus parou coloquei minha bolsa para trás, protegendo minha retaguarda e saí correndo até a porta. Quase caí, mas consegui me livrar dos maus olhares.
A observação desses fatos foi o tema de um trabalho do meu 1° semestre, fizemos um vídeo para captar as olhadas maliciosas que os homens para as bundas femininas e levamos uma modelo pra os principais shoppings de Salvador, o incrível é que conseguimos que todos os homens (sem exceção) olhassem para ela, até mesmo os que estavam acompanhados, com suas namoradas, com os filhos ou netos, ainda assim olhavam e suas acompanhantes quando percebiam o que havia acontecido muitas vezes viravam o rosto para fingirem que não tinham percebido.
“Mulheres Perfeitas”, um filme com direção de Frank Oz e roteiro de Ira Levin (livro), Paul Rudnick, conta a história de Joanna Eberhard (Nicole Kidman), uma publicitária de sucesso no mundo dos realities shows, e depois de ser demitida pela empresa onde trabalhava seu marido resolve levá-la para morar em um condomínio fechado, com acesso apenas para ricos, Stepford “o lugar perfeito”.
E o que desperta a curiosidade de Joanna é o fato de todas as mulheres do local obedecerem cegamente aos seus maridos, sem opinião, sem reclamar, simplesmente obedecem, e as duas únicas pessoas que pareciam normais por ali: Bobbie Markowitz (Bette Midler), uma escritora relaxada e Roger Bannister (Roger Bart), um homossexual famoso em busca de seu espaço, passam a se comportar como as mulheres de Stepford então Joanna começa uma busca pelo que há de errado naquele lugar. O filme é uma comédia, mas consegue fazer com que a gente visualize corretamente o que é uma mulher perfeita para um homem.
A mulher não deve servir de objeto sexual, dona de casa ou mãe de família, esse certamente não é o papel da mulher na sociedade, nós temos sentimentos, personalidade, poder de escolha, e merecemos respeito! Essa é a palavra chave para consertar as agressões psicológicas que sofremos diariamente.
Certa vez eu estava no ônibus sentada, próximo a dois homens, o cobrador e um passageiro, em minha frente, que já estava quase dormindo. Quando passou uma mulher morena, alta, bonita, cabelos pretos e lisos, o cobrador esperou ela passar, fingindo que estava contando o dinheiro, quando ela terminou de passar, ele olhou direto para bunda dela, ao perceber que eu estava assistindo a cena ele ficou envergonhado voltou a contar o dinheiro, um pouco nervoso. O passageiro que estava em minha frente de repente despertou para observar a mulher. Ao perceber que eu o observava ele simplesmente me ignorou e voltou a olhar.Detalhes do rosto, cabelo, roupa ou idade, tenho certeza que nenhum dos dois saberia dizer se fosse interpelado, é como se não fosse uma mulher com sentimentos, vontade, identidade, apenas uma fonte de deseja sexual a circular. Senti-me constrangida por ela.
Ao aproximar-me do local onde eu ficaria, solicitei a parada e aguardei em meu assento, quando o ônibus parou coloquei minha bolsa para trás, protegendo minha retaguarda e saí correndo até a porta. Quase caí, mas consegui me livrar dos maus olhares.
Autor: Andréa Freitas