sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Cem sonetos de amor


III

ÁSPERO AMOR, violeta coroada de espinhos,
cipoal entre tantas paixões eriçado,
lança das dores, corola da cólera,
por que caminhos e como te dirigiste a minha alma?

Por que precipitaste teu fogo doloroso,
de repente, entre as folhas frias de meu caminho?
Quem te ensinou que até mim te levaram?
Que flor, que pedra, que fumaça, mostraram minha morada?

O certo é que tremeu a noite pavorosa,
a aurora encheu todas as taças com seu vinho
e o sol estabeleceu sua presença celeste,

enquanto o cruel amor sem trégua me cercava,
até que lacerando-me com espadas e espinhos
abriu no coração um caminho queimante.


Pablo Neruda
Extraído do livro: Cem 
sonetos de  amor

Um comentário:

Diogo Rocha Braga disse...

22Amor,a fivela do coração.
Amar está na moda
Ler é compreender

O exercício do amor em palavras
Para encontra o caminho das almas
E ensinar que amar é lutar,apetar e ganhar...

O amor é um caminho até a alma
A estrada dos "cem sonetos de amor"
Amar é um nobre valor...

O Despertar do sentimento do coração.

Amar é escrever as mais doces palavras e ter uma história...

Símbolos,"flor",céu "celeste" e bravuras de louvor para...

Escrever os cem sonetos de amor.
E perceber,sentir essa emoção,
Amor,a fivela do coração.

abraços e boa leitura