sábado, 13 de fevereiro de 2010

Como bolinha de papel


Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva a menor provocação. Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva me entregou uma folha de papel lisa e me disse:
- Amasse-a!


Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.


- Agora - voltou a dizer-me - deixe-a como estava antes.



É óbvio que não pude deixá-la como antes.
Por mais que tentei, o papel ficou cheio de pregas.
Então, disse-me o professor:
- O coração das pessoas é como esse papel...


A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.


Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto vontade de es-tourar, lembro deste papel amassado.


A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar. Quando magoamos com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde de-mais.


Alguém disse, certa vez:
"Fale quando tuas palavras sejam tão suaves como o silêncio".

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